CULTURA DE DJ - O Blog Magazine de Digital Djing

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DEVE O DJ TOCAR ESTILOS QUE NÃO DOMINA?
Nas últimas semanas tenho percebido nos vários fóruns internacionais que vários Dj's procuram ajuda quando surge um "gig" que exige que ele toque estilos desconhecidos ou que não domina. Essa busca por ajuda de muitos profissionais mostra que cada vez mais os Dj's estão procurando ter agendas preenchidas mesmo que esses eventos não se enquadrem no seu estilo ou nicho musical. Partindo desse ponto achei pertinente abordar este assunto de um ponto de vista analítico e de alguma forma ajudar os nossos leitores a tomarem decisões quando surge uma situação semelhante no seu dia-a-dia. O Sonho de qualquer profissional que deseja viver do Djing é sem dúvida ter uma agenda preenchida. Um mês com vários "gig's" garante um bom rendimento e paga as contas pessoais e os investimentos em novos equipamentos. No entanto tal como já partilhei com vocês nem sempre isso é positivo ou durável, mas vamos pensar como o público e analisar o que essa perspectiva nos mostra.

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO ESTILO MUSICAL
Qualquer Dj que ame o que faz, tem 1 estilo que aprecia e que segue. Esse estilo é dominado e melhorado e ele tem prazer em praticar e desenvolver técnicas mais avançadas nos seus sets. Por outro lado, alguns estilos mais "underground" não conseguem abrir muitas portas e isso significa menos "gig's". Como consequência o Dj raramente consegue viver da profissão. Existem outros que por contrato (especialmente os residentes que gostam da segurança de um salário fixo no final do mês) que são forçados a tocar estilo A ou B ou ainda seguir os estilos de festas temáticas que venham a ser organizadas no clube onde é residente. Esse tipo de Dj deve acima de tudo estar atento a todos os estilos musicais e gostar do que faz. Independentemente do estilo, se o Dj não gostar do que faz isso irá refletir-se no set: a técnica pode ser fantástica mas a "magia" não é passada para o público.


O PONTO DE VISTA DO PÚBLICO
Antes de sermos Dj's somos acima de tudo "público". Saímos para ouvir música, ver concertos, participar em festivais, etc. Então vamos pensar como público: se eu quero ouvir digamos "Hip Hop" será que vou pensar em Metallica? Será que se pretendo organizar um evento de Techno irei contratar os Rolling Stones para tocar esse estilo? Claro que não! Da mesma forma deve acontecer com um Dj. Nós como público seguimos determinados Dj's pelo estilo que eles tocam e dominam e da mesma forma devemos ter essa consciência com o nosso trabalho. Antes de mais deve ser importante termos 1 ou mais estilos bem definidos e nos certificar que quando surge um trabalho que tanto o evento como o clube se enquadram no nosso estilo. Nada mais frustrante que tocar num clube pop quando somos Dj's de Techno ou Dubstep. Além do público se sentir como um estranho, o Dj irá sentir uma enorme frustração por não conseguir agarrar a pista ao seu som.

MOBILE DJ'S
Uma excepção à regra, são os mobile Dj's em especial os que fazem festas de casamentos, festas de aniversário, festas de 15 anos, etc. Esses devem ter um repertório vasto, extenso e repleto de múltiplos estilos musicais. Da mesma forma ele deve conhecer bem a sua biblioteca musical e saber conduzir o público no evento. Esses serão sem dúvida os que mais respeito merecem dentro da nossa indústria afinal eles não só são responsáveis por animar a festa como na maioria dos casos devem trazer toda a infraestrutura de luz e som, fazer a montagem, preparar todo o ambiente e depois de um enorme cansaço físico ter tocar de 3 a 6 horas seguido. No final o ritual repete-se: ele deve desmontar todo o equipamento e só depois ter o tão merecido descanso. 


AGENDA CHEIA VS AGENDA DE QUALIDADE
Depois de tudo o que falei acho que nada melhor do que relevar uma pergunta que surge em algum ponto da carreira do Dj: É melhor ter uma agenda cheia ou uma agenda de qualidade? Não me interpretem mal mas o meu conselho é sem dúvida vocês escolherem uma agenda de qualidade. É preferível o Dj ter 2 ou 3 eventos por mês em bons clubes ou festivais e que se enquadrem no seu estilo musical do que 10 ou 12 em clubes de fraco nível ou que nada acrescentam na carreira e portfólio do Dj. Se você leva a sério sua carreira e pretende crescer dentro do mercado saturado que existe nos dias de hoje, o melhor é dar poucos passos de cada vez mas ter a garantia que cada passo que dá é um passo certo. Sendo assim acredito que a experiência só é rica e proveitosa para o Dj se eles gostar do que está tocando. Claro que não podemos ser radicais mas sem dúvida que ser um Dj especialista em um determinado estilo é o segredo para o sucesso e para conseguir uma rede de seguidores. Se você for bom no que toca e tiver menos concorrência poderá elevar a fasquia do seu cachet e assim ter poucos eventos mas eventos com qualidade ($$$).

E você acha positivo o Dj tocar estilos musicais que não domina?
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