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ENTREVISTA: Rodrigo Vieira (Brasil)

Posted by pop On 10:00 AM


RODRIGO VIEIRA
Rodrigo Vieira é um nome de destaque não apenas pelos seus laços familiares mas por ser considerado um dos melhores Djs Brasileiros. Residente no Green Valley, o Clube nº1 do Mundo (atribuição feita pela Dj Mag em 2013), ele foi eleito melhor Dj de House do Brasil em 2010, 2011, 2012 e 2013 pela revista Dj Sound. Rodrigo começou a sua viagem pela música eletrônica na adolescência tendo adquirido muita da sua experiência nos 15 anos que viveu em Miami. No período que viveu nos Estados Unidos trabalhou na Sony Music e na Universal Music com profissionais de destaque mundial como Roger Sanchez, Fatboy Slim, Paul Van Dyk e desenvolveu vários projetos sobre os selos Subliminal, Ministry of Sound e Defected. Como Dj Rodrigo já passou pelas cabines de vários países dos quais destacamos os Estados Unidos, México, Colômbia, Costa Rica, Bolívia, Lituânia, Rússia, Espanha e Portugal onde residiu durante 3 anos. Rodrigo Vieira teve a oportunidade de figurar em line-up's de luxo ao lado de nomes como Swedish House Mafia, Tiesto, Fatboy Slim, Armin Van Buuren, Erick Morillo, Kaskade, Bob Sinclair, Dimitri Vegas & Like Mike, Groove Armada entre muitos outros. Nos últimos 8 anos, vem coordenando as festas "We Love Brasil" pelo mundo e desde 2008 tem presença no cartaz do Ultra Music Festival em Miami, sendo o único residente brasileiro no evento. Nos últimos 3 anos, Rodrigo tem tocado na temporada de verão na casa do House Europeu: Ibiza, nos míticos clubes Space, Amnesia, Es Paradis e Ushuaia. No Brasil, o Dj tem presença em clubes e eventos como UMF Brasil, Planeta Atlântida, Rio Music Conference, Rock in Rio, Dream Valley Festival, entre outros. A tudo isto Rodrigo acrescenta também a direção artística do Green Valley. Confira agora a entrevista exclusiva de Rodrigo Vieira ao Cultura de Dj.



ENTREVISTA
CDJ - Rodrigo, quais os principais fatores que o influenciaram a seguir a carreira de Dj?
RV - A paixão pela música surgiu logo aos 5 anos de idade. Meu pai era diretor da Globo e recebia todos as compilações da Som Livre, trilhas de novelas, filmes, etc. Minha Mãe, tem um gosto muito eclético, nessa época ouvia Elis Regina, Roberto Carlos, Miles Davis, Pink Floyd...e eu molequinho, quando eles iam trabalhar, abria a "vitrola" do meu pai e ficava ouvindo os discos. Me lembro até hoje do cheiro dos discos de vinil da época. Depois, fui crescendo, comprando meus discos (forte influencia de Soul/Black - Stevie Wonder, Earth Wind & Fire, Parliament) e, em 1978, formei minha primeira equipe de som de festas. Daí pra frente foi um pulo, até que em 1982, consegui meu primeiro trabalho profissional, no Hippopotamus (RJ). Já lá vão 30 anos de carreira profissional, e 34 desde que comecei a ganhar dinheiro com isso.

CDJ - Quando iniciou sua carreira quais eram suas principais influências musicais? 
RV - Acho que na pergunta anterior falei um pouco sobre isso, mas sem sombra de dúvida minha carreira é baseada em 2 coisas: Disco Music e House Music, desde seu nascimento. Vivi as 2 fases intensamente, mas a House Music me acompanha até hoje, nunca a abandonei nem o farei...jamais.



CDJ - Ao longo do seu trajeto como Dj passou por vários eventos e clubes temáticos. Qual o local ou evento que mais lhe marcou?
RV - Minha temporada de 3 anos em Portugal (87-89) foi muito marcante, pela primeira vez fui trabalhar como DJ de club e Rádio em outro país (tinha um programa na Solar Radio da Inglaterra, que transmitia direto do Algarve) e tinha 23 anos de idade. Na verdade, tinha ido inaugurar um clube, só ia ficar lá por 3 meses, e acabei ficando 3 anos e inaugurando outros 2 clubes. Inclusive nesse último verão, voltei a tocar na festa de 25 anos de um deles, o T Club, foi muito emocionante. Também tive o privilégio de tocar em grandes festivais como Ultra em Miami (por 8 anos seguidos), Coachella (US), Rock In Rio e Dream Valley. Os festivais são sempre muito divertidos, o público já vai com a intenção de se acabar e dançar, a resposta é imediata e a emoção está sempre a flor da pele.

CDJ - Neste momento o Rodrigo é residente no Green Valley considerado "o melhor do mundo". Como tem sido a experiência?
RV - O Green Valley é simplesmente o melhor lugar do mundo para tocar. A magia daquele lugar é incrível. A sinergia foi tanta que acabei virando residente e depois fui trabalhar com eles no marketing internacional.

CDJ - Além de residente, o Rodrigo é também o diretor artístico do Green Valley. Quais as diretrizes que procura seguir quando faz o line-up das festas e eventos do clube?
RV - No momento, estou bastante focado na expansão da área internacional de eventos, o GV World Tour (recentemente fizemos em Las Vegas (Marquee), Portugal e Ibiza (Ushuaia) e com planos de fazer no Japão e Singapura). Também estou coordenando a produção do novo CD do GV, que será mixado pelo nosso "Rei" Steve Angello.


CDJ - Como avalia a cena da música eletrônica no Brasil quando comparada com outros países onde se costuma apresentar?
RV - Apesar dessa empolgação internacional em relação ao Brasil, temos um mercado com muitos problemas. Super cachets, monopólios, música local forte, DJ's nascendo em árvores (rs), incompetência e muito charlatanismo e trapaceria. Mas isso acontece na maioria dos mercados. Os bons e experientes se viram, não posso reclamar de nada, minha agenda está super lotada. Mas não posso deixar de citar um fator predominante no Brasil: nosso público.

CDJ - Qual o setup que o Dj Rodrigo Vieira usa na cabine?
RV - Preferido: CDJ2000 + DJM 2000. Bons monitores são fundamentais, o DJ tem que sentir o peso do som da pista na cabine, aliás, pouca gente entende isso e em várias ocasiões vou tocar em clubes pelo Brasil, chego na cabine e lá esta um monitor ferrado, no chão, sem brilho, sem potência... detesto!! Fones: estou gostando bastante do Beats Mixr, potente, pequeno e articulado. Gosto também dos Senheisser, usei eles durante muitos anos.

CDJ - A indústria do Djing tem evoluído nos últimos anos no sentido do Digital Djing. Qual a sua posição sobre o uso de software e controladores midi?
RV - Pra mim computador é pra fazer musica. Gosto de virar na mão, muito mais orgânico, emocionante, verdadeiro. Mas respeito quem usa, cada um faz o que quer.


CDJ - Quais as marcas que considera mais relevantes no universo dos equipamentos profissionais para Djs?
RV - A Technics, por ter inventado um toca-discos em 1972, a 1200 MKII, e até hoje ser referência. E logicamente a Pioneer, que conseguiu fazer a transição para o CD e manter a emoção de tocar em um toca-discos.

CDJ - Nos fale um pouco sobre seus projetos atuais.
RV - Venho tentando dedicar-me um pouco mais à produção. Nessa semana, uma música que fiz com meu parceiro Marcos Carnaval, "Good Night Drums", atingiu o Top 10 do Traxsource, isso está me dando bastante estímulo para ir mais ao estúdio. Além disso, estou finalizando meu novo CD, uma homenagem aos melhores produtores atuais de EDM do Brasil. O CD tem faixas de Gui Boratto, Meme, Antonio Eudi, Groove Delight, Glazgo, Joe K, e vários outros representantes de peso.

CDJ - O que podemos esperar do Rodrigo Vieira no futuro?
RV - Muita House Music!! Não penso em parar tão cedo...

CDJ - Qual o conselho que pode deixar aos nossos leitores que estão iniciando suas carreiras como Djs?
RV - Desistir jamais!!! Lutem, lutem, lutem...e sejam humildes, mas não muito (rs).


O Cultura de Dj agradece a simpatia e disponibilidade do Rodrigo Vieira para nos conceder esta entrevista. Desejamos que continue levando sua música aos quatro cantos do mundo e que o sucesso sempre acompanhe a sua carreira.

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